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VIOLANDO PARA LEO BROUWERDaniel Miranda
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Todo músico por muitas vezes toca seu instrumento quando não consegue nem falar de tão ensimesmado que está... Essa fantasia sobre um movimento dos Estúdios Sencillos de Leo Brouwer é resultado desse diálogo interno, e da vontade de compartilhar com quem tiver vontade de ouvir!

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Ilustração:  Laiz Menez

VIRA TEMPO Daniel Miranda (part. Chico Lobo)
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'Vira Tempo' ( Daniel Miranda- Viola e Violões; Chico Lobo - Voz )

 ...Yo soy un eterno siendo... Essa bela frase me foi dita pela querida Tia Chachi em Santiago Del Estero- Argentina. Foi como o Vira Tempo veio pela primeira vez na cabeça do compositor e ouvinte atento que tento ser...

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Vira Tempo vira canção
Vira Toada Vira moda de Viola
Entoando ilusões
Vidas, contos , cantos, corações
Velas ao vento sonhos terra e cor
Pele morena novo mundo fina flor
Desenhando direções
Idas, voltas, cantos corações

Tapeçaria de Leila Cadaval

CATIRINA Daniel Miranda
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A lenda do bumba meu boi do Maranhão é uma das mais conhecidas e celebradas manifestações culturais do Brasil, principalmente no Nordeste. E não é para menos: a tradição existe desde o século 18. Por isso, até quem não gosta muito da folia junina conhece ou já ouviu falar do drama de Catirina e Pai Francisco.

A história do casal de escravos que trabalhava em uma fazenda possui algumas variações. A mais conhecida afirma que Catirina, grávida, teve o desejo de comer língua de boi. Mas não de qualquer boi. A escrava queria comer a língua do novilho mais querido do patrão – ou amo, como também é conhecido o dono da fazenda.

No credo popular, quando desejo de grávida não é atendido, o bebê corre risco de morrer ou nascer deformado. Por isso, Pai Francisco, mesmo sabendo o enorme risco que corre, atende ao pedido da esposa e mata o boi. Mas, para a desgraça de Nego Chico, o patrão descobre e manda seus vaqueiros atrás dele. Pai Francisco é capturado e ameaçado.

O patrão, em desespero pela morte do animal, convoca médicos para salvá-lo, mas nenhum consegue reverter a situação. Toda a fazenda é mobilizada. Finalmente, chegam os pajés e feiticeiros da floresta e conseguem ressuscitar o boi. O patrão fica tão feliz que resolve poupar a vida de Nego Chico. Homem e boi estão salvos, então, uma grande festa é realizada com todos da fazenda.

Dentro de algumas variações da história e lendas incluídas dentro da lenda principal, há também a crença de que o Boi Mimoso, personagem principal da história, era tão talentoso que saberia até dançar. Outro “fato” que gera controvérsias é o destino de Pai Francisco enquanto o boi está morto. Alguns dizem que ele fugiu e se escondeu com Catirina e outros, que ele foi pego pelos vaqueiros.

De acordo com o dramaturgo e pesquisador Tácito Borralho, a narrativa faz parte de uma história popular europeia que chegou há séculos no Brasil pelas caravelas portuguesas: trata-se de um conto vindo da Península Ibérica, intitulado “O vaqueiro que não mentia”, que narra uma história semelhante à trajetória de Pai Francisco e Catirina, hoje popularmente conhecida. “O popular foi se apropriando dessas coisas por meios orais, que foram sendo transmitidas de tempo em tempo”, aponta Tácito.
A essência da lenda enlaça a sátira, a comédia, a tragédia e o drama, e demonstra sempre o contraste entre a fragilidade do homem e a força bruta de um boi. Esta essência se originou da lenda de Catirina e Pai Francisco, de origem nordestina.

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Ilstração: Arte digital sobre desenho em tela de Leila Cadaval por Laiz Menez

MARIAZINHA Daniel Miranda (part. Enéias Xavier)
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...E se deu que fui apresentado ao Amor com gosto de umbú e seriguela, com Mariazinha. Flor do sertão.

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PRA ELA Daniel Miranda
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Ilstração: Arte digital sobre desenho de Leila Cadaval por Laiz Menez

Para um coração seresteiro, uma noite de estrelas de janelas e corpos abertos, se transforma em valsa e saudade.

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GUARANIANDO Daniel Miranda (part. Fernando Sodré)
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Papel branco

1990, família junta e sonhando com imagens e sons de um Brasil que se mostrava ao 'Brazil', parafraseando Maurício Tapajóz, através das lentes da Rede Manchete. Era o Pantanal que se revelava para meu pai, minha mãe e meu irmão. Para mim, eram os ponteios de Almir Sater apresentando ritmos apaixonantes, como a  Guarânia, que se aninhavam na alma de um estudante de Música.                              

Ilstração: Arte digital sobre desenho de Leila Cadaval por Laiz Menez

QUERO HUMANA Daniel Miranda
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Viola: Sem palavras, só sentimento.

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